O Significado do Trabalho em Tempos de Reestruturação Produtiva
The Meaning of Work in Time of Productive Reorganization
O presente estudo tem por objetivo investigar qual
o significado do trabalho na sociedade contemporânea. Resgata-se os sentidos do trabalho chegando até o momento atual, caracterizado pelo
desemprego, pela precarização e pela desvalorização do trabalho, no seu papel
de realização pessoal. Identifica-se um crescente esvaziamento do valor social
e psicológico do trabalho, percebe-se uma tendência a uma mercantilização do
mesmo.Há uma retirada do valor positivo do trabalho, que tem sido
freqüentemente reconhecido como um mero acesso a bens materiais. Questiona-se
sobre os riscos do processo de desumanização do trabalhador exposto a situações
de trabalho precarizadas e aponta-se para a urgente necessidade de pesquisas na
área de saúde do trabalhador que possam fomentar políticas públicas.
Significado
do trabalho; reestruturação produtiva; trabalho precarizado.
A palavra trabalho vem do latim tripalium,
termo utilizado para designar instrumento de tortura, ou mais precisamente,
“instrumento feito de três paus aguçados, algumas vezes ainda munidos de pontas
de ferro, nas quais agricultores bateriam o trigo, as espigas de milho, o
linho, para rasgá-los e esfiapá-los” (ALBORNOZ, 1994, p.10).
Por muito tempo o significado de trabalho foi associado a
fardo e sacrifício. Na Grécia Antiga, o trabalho era desprezado pelos cidadãos
livres. Platão considerava o exercício das profissões vil e degradante. Nos primeiros tempos do cristianismo, o
trabalho era visto como tarefa penosa e humilhante, como punição para o pecado.
Ao ser condenado, Adão teve por expiação trabalhar para ganhar o pão com o suor
do seu próprio rosto.
A concepção de trabalho como fonte de
identidade e auto-realização humana, foi constituída a partir do Renascimento.
O trabalho adquire então um significado intrínseco, “as razões para trabalhar
estão no próprio trabalho e não fora dele ou em qualquer de suas
conseqüências”.(ALBORNOZ,1994,p.59). A partir dessa época, uma outra visão
passou a vigorar, concebendo o trabalho não mais como uma ocupação servil.
Longe de escravizar o homem, entende-se que propicia o seu desenvolvimento, preenche
a sua vida, transforma-se em condição necessária para a sua liberdade.
A categoria trabalho não pode ser
pensada como natural ou a-histórica. O trabalho impregnado de toda uma
subjetividade, inserido em um contexto econômico/ político/ social com tantas
diversidades, leva os indivíduos a terem vivências bastante distintas. Ao longo
dos tempos, identifica-se duas visões contraditórias do trabalho que convivem
nos mesmos espaços, e por vezes, um mesmo indivíduo revela sentimentos ambíguos
em relação a sua vida profissional.
A noção de trabalho humano
associa-se a um significado simultaneamente penoso, expresso, por exemplo, na
formação cultural cristã, pela condenação de Adão no Velho Testamento, e
gratificante, expresso pela interpretação humanista do trabalho como mimesis do
ato divino de criação (LIEDKE,1997, p.272).
Constata-se, portanto, que o trabalho
apresenta duas perspectivas distintas. A primeira referente a um caráter negativo;
e a segunda a uma dimensão positiva. Em alguns momentos representa castigo
divino, punição, fardo, incômodo, carga, algo esgotante para quem o realiza. Em
outros, espaço de criação, realização, crescimento pessoal, possibilidade de o
homem construir a si mesmo e marcar sua existência no mundo.
O grau máximo de realização com o
trabalho se dá na época da produção artesanal, quando o trabalhador acompanha e
interfere em todas as etapas do processo produtivo. O artesão revela uma grande
identificação com o seu produto, ele se sente diretamente responsável pelos
resultados obtidos.
Com a Revolução
Industrial a emoção é retirada do local de trabalho. A racionalização é a
palavra mais repetida no mundo dos negócios. A programação e o controle são
determinantes, tudo é calculado, preciso. O cronômetro entra na fábrica,
apodera-se dela, regula-a, domina-a, ultrapassa os seus muros e vai ditar
formas de convivência para uma nova sociedade.
O método
taylorista/fordista utilizado nas indústrias rapidamente contagia outras
organizações, incluindo igreja, família e tipos de lazer. Novos valores passam
a determinar a sincronização dos tempos de vida e do trabalho, são
estabelecidos horários exatos para chegar e sair da fábrica, tempo
predeterminado para executar uma tarefa. O consumo do tempo livre é monitorado,
a quantidade e as formas de lazer devem ser adequadas para não interferir na
disposição e produtividade do operário.
O trabalho passa a ser reconhecido como
uma atividade central que ocupa de forma quase total o espaço de vida, na
medida em que absorve a maior parte do tempo do indivíduo e em que é criado um
novo espaço social para lhe dar o suporte necessário.
As pessoas
ficam submissas às leis impostas pelas fábricas, ocorrendo um controle das suas
vidas privadas. Há uma tentativa de adequação das relações sociais
desenvolvidas extra-produção a uma racionalidade econômica e técnica que opera
no interior das indústrias.
A indústria transforma o conceito de trabalho e dita novos valores à
sociedade da época, criando assim o que se pode chamar de Sociedade Industrial.
No início da década de 70 com a crise
do capitalismo, o modelo taylorista/ fordista começou a dar os seus primeiros
sinais de decadência. O mundo foi palco de muitas mudanças, o que gerou
significativas transformações nas relações de trabalho. Tornou-se necessária
uma nova forma de organização industrial, com uma estrutura mais flexível para
adequar-se com mais facilidade as constantes transformações do mercado.
Muitos fatos pressionaram os
empresários, impulsionando-os a reverem os seus princípios de gestão
administrativa. Dentre eles, pode-se citar: a crescente concorrência japonesa;
o aumento do grau de exigência dos clientes, que não estavam mais dispostos a
consumir produtos fabricados em série sem nenhuma diferenciação; a queda da
taxa de lucro; a eclosão de revoltas do operariado e a crise do Welfare State. É nesse contexto que emerge a era
da acumulação flexível, caracterizada por um intenso processo de reestruturação
da produção e do trabalho.
Na década de 80, o modelo japonês,
também conhecido como toyotismo, consagrou-se. Os empresários ocidentais
buscavam soluções para os seus problemas na experiência nipônica. Uma nova
forma de organização da produção e do trabalho dissemina-se, inicialmente nas
indústrias, abarcando posteriormente a
área de serviços.
Muitas empresas realizam um verdadeiro
“desmonte”, dividindo-se em pequenos grupos por diferentes partes do mundo,
numa relação de terceirização ou subcontratação. Vivencia-se um gradativo
desaparecimento dos empregos permanentes somados a uma crescente precarização e
instabilidade do trabalho.
A classe
trabalhadora convive com a fragmentação e a heterogeneidade em sua atual
composição, enfrentando a realidade de “acordos” e “concessões” das mais
diversas ordens para a sua sobrevivência.
As relações empregado-sindicato também vêm sofrendo
mudanças significativas. Os sindicatos de classe que não têm se submetido à
reestruturação competitiva vêm perdendo força para as organizações que se
fecham na solução de seus conflitos, configurando os chamados sindicatos de
empresa. A representatividade social dos sindicatos tem sido bastante reduzida,
a luta das categorias e a solidariedade entre os seus integrantes estão se
extinguindo, ocorre agora uma acirrada disputa entre os pequenos sindicatos
pela maior competitividade, visando melhores condições de trabalho e de
salário. Para Dittrich (1999, p.61): “ o movimento sindical deixa de
existir enquanto ator político e social
em nível macro, para restringir-se às necessidades internas dos empregados na
organização. Diminui seu poder de
pressão e influência na negociação”
A
classe-que-vive-do-trabalho experimenta uma situação de enfraquecimento e
desamparo, sentindo-se constantemente apreensiva diante das mudanças de rumo de
sua vida profissional. As incertezas do capitalismo flexível geram um aumento
de desconfiança. Todos sofrem, o desempregado por não ver perspectivas e o
empregado pelo medo de deixar de sê-lo amanhã.
No entanto,
embora convivendo com esse lado sofrível do trabalho, a sociedade continua
muito vinculada ao mesmo, cultivando-o como algo essencial. As pessoas cada vez
mais dedicam muitas horas do seu dia às atividades profissionais, utilizam
parte importante do seu tempo livre se qualificando para a empregabilidade. O
sucesso é o tirano cruel que deixa sempre as pessoas com a sensação de débito
consigo mesmo. “A busca da aptidão é um estado de auto-exame minucioso, auto-recriminação
e auto-depreciação permanentes, e assim também de ansiedade contínua”
(BAUMAN,2001, p.92/93).
Apesar do trabalho continuar sendo o
centro da vida da maioria das pessoas, é crescente o número de trabalhadores que
não reconhecem a esfera profissional como um espaço de realização, de
reconhecimento, de poder ser útil à sociedade. Existe uma minoria de
trabalhadores atuando em funções que permitem envolvimento e identificação. Há
na realidade, um grande grupo que trabalha apenas por necessidade financeira,
que trocaria facilmente de atividade profissional. Para esse grupo, o trabalho
não é um fim em si mesmo, é exclusivamente um meio para alcançar outros
objetivos.
Segundo Mascarenhas (2000, p.76) o
trabalho:
(...) vem sendo reduzido a mera atividade
vital, cuja única e exclusiva orientação ainda é a subsistência (...) não mais
permite a possibilidade de afirmação pessoal, mas nos aprisiona junto ao
impulso vital das necessidades imediatas.
Nessa mesma direção Camps (1993, p. 124)
expõe que, para a concepção dominante só tem sentido o trabalho bem remunerado,
“já não existe um trabalho que valha mais do que o outro: é mais válido o que
paga melhor. Já não existem, portanto, profissões de maior prestígio, e sim profissões
que abrem as portas para o dinheiro e o êxito”.
Há uma retirada do valor positivo do
trabalho. Este tem sido freqüentemente reconhecido como um mero acesso a bens
materiais, o que provoca a sua submissão às leis do dinheiro. A importância
dada ao trabalho, como um instrumento de alcance do sucesso econômico, coloca
em planos secundários outras esferas da vida como a familiar e a social. “É o completo vazio do dinheiro elevado a
fim em si mesmo, que agora domina definitivamente a existência como deus
secularizado da modernidade” (KURZ, 2002, p.15).
O homem na sociedade contemporânea é valorizado a partir do seu lugar
de proprietário e consumidor - homem e mercadoria se identificam. Esse passa a
ser o eixo norteador da representação que o homem elabora de si mesmo e dos
outros à sua volta.
A sociedade de consumo impõe que tudo
gire em torno dela, especialmente o trabalho e, considerando a centralidade do
trabalho na vida das pessoas e como este perpassa as expectativas, as
necessidades, a subjetividade e a
identidade social do trabalhador, vem se delineando um panorama de construção
de valores que não ficam restritos ao espaço organizacional, mas estão
balizando a configuração das relações sociais na contemporaneidade.
Nessa corrida tudo tem sido sutilmente
permitido: ser desleal, desqualificar o colega, omitir informações, entre
outras tantas práticas. Sobre essa efemeridade nos laços sociais Bauman (2004,
p. 112-113) afirma:
Uma inédita fluidez, fragilidade e
transitoriedade em construção (a famosa ‘flexibilidade’) marcam todas as
espécies de vínculos sociais que, uma década atrás, combinaram-se para
constituir um arcabouço duradouro e fidedigno dentro do qual se pôde tecer com
segurança uma rede de interações humanas. Elas afetam particularmente, e talvez
de modo mais seminal, o emprego e as relações profissionais.
Heloani
(2003, p.103) também comenta:
Se o homem passa a maior parte de seu tempo trabalhando, suas
relações pessoais fora de casa deveriam ter um valor afetivo de extrema
importância. No entanto, as relações de companheirismo e de amizade no trabalho
não se concretizam, pois elas são passageiras, imediatas, competitivas e as
ligações afetivas, os vínculos não podem estabelecer-se, já que com cada
alteração rompem-se os laços, perdem-se as pessoas e daí, além do castigo do
desemprego, há a solidão, a perda irreparável.
Certamente
nem todos percebem como “natural” esse clima de desconfiança permanente e a
prática da deslealdade. Há um desconforto que, conforme as circunstâncias a
serem vividas, vai desencadeando adoecimento psíquico e somático nos
indivíduos. Dejours (1999) aponta para a existência de um “sofrimento ético”
que corresponde à traição de ideais e valores apreendidos como nobres,
aprovados socialmente.
O
trabalho precisa estar integrado à vida, ter um sentido, não pode se restringir
a ser um meio de sobrevivência. O indivíduo precisa vislumbrar a possibilidade
de realização dos seus planos e projetos, desvinculados do mero acesso a bens
materiais e suas simbologias. Uma atividade profissional que incorpora um
significado intrínseco, que tem valor por si mesma, ajudará na construção de
uma nova sociabilidade, marcada por valores éticos. No entanto, isto também
exige uma outra antítese das condições atuais, isto é, trabalho para todos.
Atualmente
os novos contornos do mundo do trabalho dificultam uma relação de maior
envolvimento e identificação da classe trabalhadora com a vida profissional. Antunes (2001, p.24) alerta que:
Quando se
visualiza e se desenha o mundo do trabalho hoje, aflora o seu traço destrutivo;
o ser social que trabalha vivencia seu cotidiano entre a violência do trabalho,
a violência da precarização e a violência ainda maior do desemprego.
É
muito preocupante, uma atividade que deveria ser reconhecida como fonte de
realização e de construção de identidade, está se revelando com freqüência como
geradora de sofrimento e em casos mais graves até de adoecimento.
Heloani
(2003, p.102) aponta para os riscos que o trabalhador atualmente pode estar
exposto quando diz que:
O mundo do
trabalho torna-se, de forma rápida e surpreendente um complexo monstruoso, que
se por um lado poderia ajudar, auxiliar o homem em sua qualidade de vida, por
outro lado, patrocinado pelos que mantém o controle do capital, da ferramenta
diária que movimenta a escolha de prioridades, avassala o homem em todos os
seus aspectos.
Vive-se
um momento histórico de esvaziamento do significado do trabalho. Essa situação
tem gerado “um enfraquecimento do valor social e psicológico da
atividade profissional e um desaparecimento progressivo da ética do trabalho e
da consciência profissional” (LEVY- LEBOYER,1994, p.59).
Considerações
Finais
Pergunta-se
se é possível reverter esse esvaziamento do significado do trabalho em tempos
de reestruturação produtiva? Se o homem está fadado a dedicar a maior parte da
sua vida útil a uma atividade que lhe faz tanto mal? Se há possibilidade de se
resgatar o valor positivo do trabalho em uma sociedade regida pela lógica do
consumo e dominada por um por um sistema com características tão destrutivas?
Torna-se
necessário repensar a função do Estado e dos sindicatos no que se refere à
defesa dos direitos do trabalhador. Vive-se um difícil momento em que se
relaciona a flexibilização das leis trabalhistas com o favorecimento da criação
de novos postos de trabalho. Pastore (2002, p.14) argumenta que “toda a vez que
o custo de manter um emprego aumenta, as contratações arrefecem e o desemprego
cresce. O inverso é também verdadeiro. Derrubando o custo do empregado,
acelera-se o ritmo de contratações”. Porém esse afrouxamento do sindicato e do
poder norteador do Estado, necessários para a flexibilização das leis
trabalhistas, pode gerar também um aumento da violência tão presente no
trabalho precarizado.
Este
impasse impõe a necessidade urgente de se incrementar estudos referentes à
saúde do trabalhador em uma perspectiva interdisciplinar, que possibilitem o
levantamento de discussões a respeito dos impactos da reestruturação produtiva
sobre a qualidade de vida no trabalho. Estudos que possam contribuir com
alternativas para que as entidades representativas tenham um maior poder de
luta para implementação de políticas públicas em defesa da saúde do
trabalhador. Políticas públicas que possam se contrapor ao poder de destruição
das leis do mercado, que busquem evitar o esvaziamento do valor positivo do
trabalho, que tentem impedir a restrição da
atividade laboral, algo tão central na vida das pessoas, a um espaço de
sofrimento e adoecimento.
Acredita-se que não há como analisar a
saúde do trabalhador e buscar a sua promoção, descolando-o do seu ambiente de
trabalho e da conjuntura sociopolítica que o envolve. Comunga-se do pensamento
de Rocha e Gomes (2001, p.269) de que:
A promoção de saúde dos trabalhadores
está diretamente ligada à organização do trabalho, pois dela dependem a
viabilização das alternativas de atuação dos trabalhadores e a reapropriação do
saber e do poder decisório do trabalho.
NOTAS
* Professora Mestre do Departamento de Psicologia/Universidade
Federal do Maranhão
**
Professora Mestre do Departamento de Psicologia/Universidade Federal do
Maranhão e Doutoranda do Programa de Psicologia Social da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro
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Abstract
This study has
objective to investigate the meaning of labour in contemporary society. The senses
of labour are rescued until the present time characterized by unemployment
precariouness and desvalorization of work, in its role of personal fulfilment.
A growing emptying of the social and psychological value of work is identified
as well as a tendency of commercialization.There’s removied a positive value
labour, this has usually being identified how simple form to access material
things.This risks of the process of inhumanization of the worker, exposed to
precarious work situations are questioned and the urgent need of researches in
the area of worker’s health which may encourage public policies are pointed
out.
Labour meaning, productive restructarion, precarious
work.
Recebido em: 11/04/05
Aceito para publicação em: 4/05/05
Endereço:carlavazribeiro@uol.com.br e denisebl@uol.com.br.